O lixo plástico flutua pelos oceanos, ameaça a vida marinha e polui cada vez mais as praias
Cientistas descobriram uma bactéria que não só se quebras as moléculas de plástico tóxico, como se alimenta disso depois. Encontrada em um depósito de lixo, a bactéria é a primeira de que se tem notícia a atacar o poliuretano.
Depois da decomposição, o poliuretano pode liberar substâncias tóxicas e cancerígenas que matariam boa parte das bactérias, mas a recém-descoberta sobrevive. Apesar do achado, ainda é preciso fazer muita pesquisa antes que essa bactéria possa ser utilizada no tratamento do plástico jogado no lixo.
A pesquisa que identificou um novo tipo da bactéria Pseudomonas, um grupo conhecido por aguentar condições adversas, como altas temperaturas e ambientes ácidos.
Os cientistas deram os principais componentes químicos do poliuretano para essa bactéria se alimentar e descobriram que ela pode usar esse material como fonte de carbono, nitrogênio e energia.
Parte a equipe da pesquisa, o pesquisador Hermann Heipiper, do Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental-UFZ de Leipzig (Alemanha), disse em entrevista ao jornal britânico The Guardian que pode levar dez anos para que a bactéria seja usada em larga escala e que, enquanto isso, é vital reduzir o uso de plástico difícil de reciclagem.
Foram produzidas mais de 8 bilhões de toneladas de plástico desde 1950 e boa parte desse material acabou nos oceanos, em lixões ou poluindo terras.