Cachorro com 18 mil anos e perfeitamente preservado, é encontrado congelado na Sibéria
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Cachorro com 18 mil anos e perfeitamente preservado, é encontrado congelado na Sibéria

Cachorro com 18 mil anos e perfeitamente preservado, é encontrado congelado na Sibéria

No verão de 2018, cientistas encontraram um cachorro macho enterrado dentro de um pedaço de terra congelada perto do rio Indigirka, a nordeste de Yakutsk, na Rússia. Com todo o corpo, pêlo, focinho e até com os bigodes e cílios conversados pelo permafrost (solo congelado), o cachorro poderá se tornar no cão mais antigo já encontrado em toda a história.

Desde a data em que foi encontrado, seu corpo tem sido estudado pelos cientistas suecos Love Dalén e Dave Stanton, que não têm certeza se a criatura ‘incrivelmente bem preservada’ é um cachorro ou um lobo – presumivelmente porque vem do período em que os cães começaram a ser domesticados.

Se acabar sendo confirmado que se trata de um cachorro, isso ajudará muito os pesquisadores a aprender mais sobre a era em que lobos e cachorros começaram a ser domesticados, contam os cientistas.

“A descoberta pode ​​contribuir para se encontrar respostas para algo que tem sido muito debatido faz muito tempo”.

No passado dia 25 de Novembro, o Centro Sueco de Paleogenética anunciou em sua conta no Twitter: “As análises genômicas mostram que é um macho. Por isso, pedimos aos nossos colegas russos que o batizassem… Daí surgiu o nome Dogor! Dogor é uma palavra yakutiana para “amigo”, que parece muito adequa da”, concluem.

O Dr. Sergey Fedorov, um especialista da Universidade Federal do Nordeste da Rússia comenta: “O centro possui o maior banco de DNA da Europa de cães de todo o mundo, mas eles não conseguiram identificá-lo na primeira tentativa. E isso é intrigante. E se for um cachorro? Mal podemos esperar para obter resultados de novos testes.”

“Imaginem, esse animal deitado no subsolo na mesma posição e condição durante 18.000 anos, sem ser incomodado. Eu realmente removi a sujeira e outros detritos grudados no corpo passo a passo, revelando uma pele maravilhosa, extremamente rara para os animais daquele período. O único aspecto negativo foi que a parte da coluna foi exposta, descobrindo as costelas ”, conclui o pesquisador russo.

Uma teoria aponta que Dogor pode ser uma espécie transitória entre o cachorro e o lobo. Segundo os cientistas, é provável que os cães modernos descendam de apenas um tipo de população canina que viveu na Europa continuamente por milênios. Eles são vistos como tendo evoluído de uma espécie de lobo extinta há cerca de 15.000 a 40.000 anos atrás. Existem ainda outros cientistas da opinião de que a evolução seja até anterior.

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