Nos próximos cinco dias, Júpiter e Saturno entrarão em um fenômeno chamado de “grande junção”, um alinhamento raro que não ocorria desde a Idade Média. O alinhamento total entre os dois astros ocorrerá no dia 21 de dezembro, data é quando ocorre o solstício de inverno, a noite mais longa do ano.
A aproximação entre os dois planetas poderá ser vista da Terra a olho nu a partir da noite desta quarta-feira (16), principalmente por aqueles que estiverem próximos à linha do Equador e em lugares descampados, com o céu noturno limpo e sem nuvens.
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Embora o alinhamento entre Júpiter e Saturno ocorra aproximadamente a cada duas décadas, a diferença do fenômeno deste ano é que os dois estarão muito mais próximos um do outro, a uma distância não vista há pelo menos meio século.
Uma conjunção tão próxima entre os astros teria ocorrido em 16 de julho de 1623.
O astrônomo Patrick Hartigan, da Universidade de Rice (EUA), o ocorrido pode ser mais antigo ainda. Em entrevista à BBC em novembro, ele afirmou que um alinhamento tão próximo pode ter ocorrido em 4 de março de 1226.
Hartigan explicou à agência britânica que quem perder a “grande junção” entre Júpiter e Saturno terá uma nova oportunidade de assistir a olho nu o balé dos dois astros somente daqui a 60 anos.
“Aqueles que preferirem esperar e ver Júpiter e Saturno tão perto e mais acima no céu noturno terão que aguardar até 15 de março de 2080. Depois disso, a dupla não fará aparição semelhante até depois de 2400”, diz Hartigan à BBC.
A raridade do fenômeno, segundo os astrônomos, é explicado pelo próprio movimento dos dois planetas, além do da Terra: enquanto o nosso planeta leva um ano para dar uma volta no Sol, Júpiter leva 12 anos e, Saturno, 30 anos.
Assim, após 21 de dezembro, Júpiter e Saturno voltarão a se distanciar e já não será mais possível ver o movimento da Terra.