A administração do Parque Nacional Kruger, a maior área protegida do país africano, encontrou o restos e itens pessoais do caçador
Um caçador que tentava caçar rinocerontes de maneira ilegal no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, foi morto após ser pisoteado por um elefante: posteriormente, seus restos viraram banquete para um grupo de leões que vivem no local.
De acordo com informações da rede britânica BBC, outros caçadores estavam na região e presenciaram o momento da investida do elefante. A família do homem foi contatada, assim como a guarda florestal responsável pela segurança do Parque Nacional Kruger. Após a realização de buscas no local em que teria ocorrido o incidente, a administração do parque nacional confirmou que o caçador se foi: foi encontrado o seus restos e itens pessoais, como um par de calças.
“Entrar no Parque Nacional Kruger ilegalmente e a pé não é uma boa decisão”, afirmou em nota a direção do parque. “Há muitos perigos e esse incidente é prova disso”. O parque tem uma área de quase 20 mil quilômetros quadrados e foi criado em 1926.
Caçadores ilegais invadem os parques africanos em busca de chifres de rinocerontes, que são utilizados em compostos medicinais na Ásia. Embora a ciência nunca tenha encontrado nenhuma evidência do benefício do uso dos chifres, o valor pago pelo item é muito alto: em agosto do ano passado, a polícia da Malásia encontrou 50 chifres transportados de maneira clandestina que teriam como destino o Vietnã — a carga foi avaliada em quase R$ 50 milhões.
Todas as espécies de rinocerontes estão sob ameaça de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O comércio internacional de chifres de rinoceronte foi proibido em 1977 pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).