Cadela morre em São Paulo após queima de fogos do Ano Novo
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Após queima de fogos do Ano Novo cachorrinha não resiste – os riscos destes artefatos para à saúde dos animais

Cadela morre em São Paulo após queima de fogos do Ano Novo

Dona da cachorra compartilhou relato nas redes sociais e disse que vai lutar para conscientizar pessoas sobre riscos desses artefatos à saúde dos animais

Uma cachorra não aguentou em Cotia (SP) após a queima de fogos em comemoração pelo Ano Novo de 2018, no último dia 1º. Em relato no  Facebook, Thais Siqueira contou que sua cachorra Nina sofreu com os fogos disparados sem responsabilidade. A postagem teve mais de 300 compartilhamentos e pelo menos 1,4 mil reações dos usuários da rede.

Thais relata que deixou seus animais em casa e pensou que não precisaria se preocupar, pois nem Nina nem seus outros seis cachorros haviam demonstrado medo de fogos. Segundo ela, também não estava programada nenhuma queima de fogos na região.

“Onde moro é tranquilo e nunca tem fogos perto, sempre escutamos barulhos distantes, que nem incomodam”, disse. “Escolhi (morar) aqui pois é um local que tem reservas ecológicas, lugar de preservação ambiental, e todos os vizinhos moradores amam os animais”, afirmou.

Quando voltou para casa, no entanto, Nina já havia partido. Thais afirmou que uma casa vizinha à dela foi alugada para o feriado e os ocupantes soltaram fogos, que foram parar em seu quintal, piscina e telhado. Ela e o marido decidiram abordar as pessoas que haviam alugado a casa. Eles teriam se defendido e afirmado que haviam soltado poucos fogos.

Não posso dizer que foi culpa dos vizinhos de ter sido proposital. Porém, como eu falei para eles, aqui não é local para isso, as pessoas que aqui moram vieram pelo sossego do lugar.” Em seguida, ela e o marido conferiram as imagens das câmeras de segurança da casa e constataram que os fogos haviam caído em sua propriedade — as imagens também foram publicadas no Facebook.

Thais agora luta pela conscientização. “A Nina não está mais aqui, mas me deixou uma missão. Ela era tão intensa, líder, forte, guerreira, e agora preciso fazer minha parte por ela, e por todos os casos que estou conhecendo por causa dela, pessoas estão me mandando mensagens pedindo apoio.”

Com posts em grupos nas redes sociais e homenagens a Nina perto de sua casa, Thais espera convencer, com um “trabalho de formiguinha”, como ela mesma define, sobre o perigo dos fogos para os animais domésticos.

Cuidados

O médico veterinário Rodrigo Soares Mainardi, membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), reconhece que essa época do ano poder ser muito estressante para o animal e o problema mais grave é com o som — cães e gatos possuem uma audição mais aguçada e reagem mal ao estouro do fogos de artifício.

“Falta de ar, náuseas, convulsões, tentativas de fugas e até mesmo ataque violento às pessoas podem ser sinais de ansiedade e medo causados pelos estrondos.”

Entretanto, ele considera improvável que um animal saudável possa não aguentar em razão do estresse dessas situações puramente. “A situação ocorrida depois das comemorações pode ser o indicativo de uma doença já instalada e não conhecida pelo dono, como um possível quadro cardíaco”, explica.

Para evitar esses riscos, Mainardi é possível treinar o animal para conviver com esse tipo de barulho e evitar problemas. “Caso esteja habituado a ouvir sempre TV e rádio, deixe ligado no ambiente com o volume alto, pois isso ajuda a disfarçar o som dos fogos e a fazer com que o animal sinta familiaridade e acolhimento”, recomenda.

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