Desde fevereiro de 2019, Alexandre Antonelli é diretor científico do maior jardim botânico do mundo. Trata-se do Kew Gardens, em Londres, na Inglaterra.
Alexandre é brasileiro e se formou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O currículo inclui ainda um mestrado e doutorado na Suécia, e uma fase como professor visitante na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
À frente do Kew Gardens, ele é responsável pelos programas de educação e pesquisa promovidos pela instituição. Sua função mais notável, no entanto, é tomar conta dos 8,5 milhões de plantas e fungos que fazem parte do jardim botânico.
O biólogo foi entrevistado pela jornalista Luiza Sahd para o TAB, da Uol. Na entrevista, ele fala sobre sua luta para manter o chamado “cofre do fim do mundo”, um banco que preserva cópias de espécies botânicas raras fora de seus países de origem.
Para que isso seja possível, elas são mantidas com temperaturas controladas, normalmente em torno de -20°C. Algumas delas precisam ficar congeladas em nitrogênio líquido, a -196°C. Esse resfriamento requer uso constante de energia elétrica e há um gerador próprio dedicado ao caso de cortes de fornecimento.
Graças à sua dedicação, estas sementes podem ser reinseridas em seus biomas caso seja necessário.