O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decretou estado de emergência nacional nesta quinta-feira (04) devido a um vazamento de óleo em uma usina elétrica na cidade de Norilsk, no Ártico. Segundo ele, a medida foi necessária para que o governo obtivesse mais recursos para os esforços de limpeza.
Segundo a Nornickel, dona da subsidiária que opera a usina, um dos tanques de combustível perdeu a pressão no dia 29 de maio, fazendo com que as áreas próximas fossem contaminadas com pelo menos 20 mil toneladas de petróleo.
Lagos e cursos de água a mais de 20 quilômetros de distância da usina registraram concentrações de produtos petrolíferos muito superiores ao limite máximo permitido, conforme análise da agência reguladora do país para recursos naturais.
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O acidente causou prejuízos ambientais significativos, segundo o Comitê de Investigação da Rússia. O órgão abriu três inquéritos a fim de esclarecer se houve “danos ao solo, violação de regras ambientais e poluição da água”. Nesta quinta-feira (04), o diretor da usina, Vyacheslav Starostin, foi preso.
A Greenpeace da Rússia declarou que este foi o maior derramamento da história do Ártico e estimou que a limpeza ambiental chegue aos US$ 86 milhões. A Nornickel declarou que “está trabalhando ativamente para eliminar as consequências do incidente”. Segundo a empresa, a limpeza do local deve durar duas semanas.