Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz conseguiram registrar, em alta precisão, o clima no planeta nos últimos 66 milhões de anos e confirmaram que sim, o homem é responsável pelas mudanças atuais do clima, que levarão o planeta a não ter mais calotas polares e ser 14 °C mais quente.
Quente como há duas eras
Cada um deles durou até dezenas de milhões de anos, sempre provocando variações no clima correspondentes ao movimento de translação. As mudanças geradas nas temperaturas do planeta foram relativamente pequenas, em comparação com a diferença entre si dos quatro estados relatados.
Nos últimos 3 milhões de anos, vivemos no Icehouse (períodos glaciais e interglaciais alternados), mas as emissões de gases de efeito estufa estão empurrando o planeta para os estados de Warmhouse e Hothouse – como no período Eoceno, há 50 milhões de anos, quando não havia calotas polares e as temperaturas globais médias eram até 14 °C mais altas.
“Se nada for feito, as projeções para 2300 mostram que a temperatura global será como não se vê há 50 milhões de anos – um mundo vivenciando um efeito estufa extremo e sem gelo”, explicou o pesquisador.
A imagem de 2019 do pesquisador do clima Steffen Olsen andando sobre o gelo derretido do fiorde Inglefield, na Groenlândia, percorreu o mundo; em vez de 3 °C, a temperatura registrada foi 5 vezes mais alta.
Fonte: Danmarks Meteorologiske Institut/Steffen M. Olsen/Divulgação
As mudanças na órbita na Terra podem influenciar os estados climáticos no planeta; porém, “conforme reconstruíamos os climas anteriores, capturamos a variabilidade natural do clima e constatamos que o aquecimento antropogênico projetado será muito maior”, explicou o cientista planetário da UC Santa Cruz James Zachos, coautor do trabalho.
O estudo revelou, durante o período de tempo pesquisado, quatro estados climáticos distintos, nomeados como Hothouse, Warmhouse, Coolhouse e Icehouse.