Vênus pode ter sido o primeiro planeta habitável do sistema solar

Vênus pode ter sido o primeiro planeta habitável do sistema solar

Vênus pode ter sido o primeiro planeta habitável do sistema solar

Com uma superfície quente o suficiente para derreter chumbo e céus escurecidos por nuvens tóxicas de ácido sulfúrico, Vênus é apontado como o “gêmeo do mal” da Terra.

Mas as condições do planeta nem sempre foram tão “infernais”, de acordo com pesquisas que inclusive sugerem que ele pode ter sido o primeiro lugar no sistema solar a ser habitável.

O estudo apresentado na reunião da Sociedade Astronômica Americana em Pasadena, na Califórnia, conclui que, no momento em que as bactérias primitivas foram surgindo na Terra, Vênus pode ter tido um clima ameno e vastos oceanos de até 2.000 metros (6.562 pés) de profundidade.

Se os cálculos estiverem corretos, os oceanos podem ter permanecido no planeta por até 715 milhões de anos – um período de estabilidade climática suficientemente longo para surgir a vida microbiana.

Vênus hoje é um mundo infernal

Quase não há vapor de água. Temperaturas atingem 864 graus Fahrenheit (462 graus Celsius) em sua superfície.

Com uma temperatura média da superfície de 462°C, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar hoje, graças à sua proximidade com o sol e sua impenetrável atmosfera de dióxido de carbono, 90 vezes mais densa que a da Terra.

Se você viveu três bilhões de anos atrás em uma latitude baixa e baixa altitude, as temperaturas de superfície não teriam sido muito diferentes do que as dos trópicos da Terra.

No entanto, para encontrar vestígios da antiga vida microbiana no planeta seria necessário a presença de uma sonda no solo de Vênus, algo ainda muito desafiador.

“Seria preciso uma grande quantidade de dinheiro e de alta tecnologia, claro, para desembarcar uma sonda que sobreviva às condições atuais da superfície de Vênus e que seja capaz de cavar e explorar esta superfície”, disse Way.

“Mas, se os investimentos forem feitos, seria possível procurar por esses sinais de vida, incluindo vestígios químicos”, ressaltou.

Leitura adicional:

https://phys.org

The Guardian

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