A imagem acima pode parecer mostrar um imenso filamento flutuando pacificamente pelas profundezas do oceano. Mas a verdade é que o que a cena mostra é um gigantesco organismo marinho em posição para capturar presas descuidadas que se aproximem dele – e possivelmente se trata de um dos mais colossais organismos desse tipo já encontrados por cientistas.
Gigante das profundezas
Nos referimos à criatura da imagem como organismo porque, em vez de se tratar de um animal só, o que a cena mostra consiste em uma colônia composta por milhões e milhões de clones. O organismo, conhecido como sifonóforo, pertence à família Apolemiidae e foi avistado em águas profundas na Austrália Ocidental durante uma expedição científica aos Cânions Ningaloo.
Segundo estimaram os cientistas que se depararam com o organismo, só o “anel” mais externo provavelmente media mais de 45 metros e o sifonóforo inteiro, mais de 120 metros de comprimento. Essas criaturas não são raras em absoluto, mas certamente é bastante incomum encontrar exemplares tão gigantes como esse. Confira no vídeo a seguir:
De tocaia
Conforme mencionamos antes, os cientistas explicaram que o sifonóforo da sequência acima estava posicionado para capturar seu almoço – como seria, por exemplo, criaturas como as lesmas-marinhas – e o interessante é que a colônia, apesar de ser composta por milhões de clones interconectados, possui indivíduos com dezenas de funções diferentes.
Cada variedade exerce uma função específica na colônia e, enquanto podem existir indivíduos com a capacidade de ativar células que fazem com que eles mudem de cor para atrair presas, por exemplo, outros se ocupam de reproduzir, da locomoção do organismo e até há os possuem tentáculos cobertos por células contendo toxinas que podem ser injetadas para matar os animais que servirão para alimentar toda a colônia. É mais ou menos como se cada grupo funcionasse como um órgão de um corpo.