Um elefante africano chamado Raju foi notícia a nível global há alguns meses após ser resgatado das mãos de seu dono, que o mantinha acorrentado em sua propriedade há mais de meio século.
Movimentos de proteção e pelos direitos dos animais da Índia ganharam uma batalha legal contra o seu antigo proprietário, acusando-o de maus tratos generalizados e tortura contra Raju, com fartas evidências, inclusive em vídeo. O dono ainda tentou reverter a sentença de perda, alegando que o animal era sua “legítima propriedade”.
O elefante era obrigado a pedir moedas e fazer truques para turistas e transeuntes. Não era sequer recompensado por isso, tampouco alimentado: comia plástico e papel da rua.
Revoltados com a situação de Raju, negligenciado por mais de 50 anos, um grupo de veterinários, ativistas e policiais se juntaram para libertar o elefante do sofrimento.
Invadiram a propriedade do ‘dono-torturador’ e libertaram-no das correntes enferrujadas. O grupo relatou que pus e sangue escorreram de suas feridas; além disso, notaram enormes abscessos em suas patas, além de feridas advindas de agressões por todo o corpo. Raju também estava faminto e com sede.
A crueldade era tamanha que o dono do elefante também costumava arrancar os pelos do animal para vendê-los como “amuleto da sorte”, algo comum na Índia.